" Quando eu era espera ... nada era, nem chovia, nem fazia; só senti que a calma, não calma." (Núria Mallena)

domingo, 17 de janeiro de 2010

Habitualmente, o Haiti já vive em estado de emergência. a míséria é endênmica, a agricultura é de subsistência e a principal atividade econômica para as massas parece ser o mocrocomércio de rua. Descrever o Haiti como o país mais pobre das Américas - e o marco zero da aids também - não dá ideia nem aproxima da realidade.
O haiti foi o único país onde escravos trazidos da África conseguiram fazer uma rebelião bem - sucedida. Eles trabalharam na plantação de cana, que, como no Brasil colônia, produziam riquezas para poucos e sofrimentos para muitos. Fraco, com a econômia desorganizada, sem herdar instituições nem criar as suas próprias, o Haiti sofreu intervenções estrangeiras secessivas e o flagelo da dinástia Duvalier. Papa doc e depois seu filho, Baby, foram os absurdamente perversos e corruptos ditadores que criaram um reinado de terror beseado nos tonton macoutes, seu esquadrão da morte particular, e me misteriosos poderes ocultos, na tradição do vodu.
Governantes ruins, ladrões e insufladores da violência das massas destruíram os sopros de esperança na era pós-Duvalier e empurraram mais haitianos para a única saída, a fulga para o exterior, onde conseguem fazer o básico que seu país lhe nega: estudar e trabalhar, seja nos museus de Nova york, onde parecem formar uma sorridente corporação d guardas, seja nos hospitais do Canadá - há mais médicos haitianos em Montreal do que Porto Príncipe.
A falência geral acabou por produzir a intervenção das Nações Unidas, ultimo recurso para salvar os haitianos de si mesmo. A missão, honrosa em sua essência, com participação marjóritária do Brasil, traduzida no número e baixas sofridas pelo Exército nacional, conseguiu certa estabilização.
No Haiti isso significava um estado ruim, mas menos desastroso do que seria se nada tivesse sido feito. até que que maior de todas as catástrofes, produzidas nas entranhas da terra, aconteceu. das superstições criadas à sombra do vodu a mais conhecida é sobre os vivo que trazia os mortos de volta para escravizá-los. São os Zumbis. No dia em que o mundo despencou sobre o haiti, as fronteiras entre a vida e morte, como na lenda, se firmaram.
Como tudo o mais, o cemitério principal de porto príncipe ntrou em colapso´os corpos insepultos se acumulavam, famílias chegavam a pé carregando seus mortos e não tinham onde deixa-los. Estranhamente, o portão estava intacto. Sobre ele, a inscrição em Francês: " sou vennons-nous que tout est poussiéres". Tudo era mesmo poeira no Haiti.

Esse é um trecho da maravilhosa reportagem que a revista Veja publicou sobre a tragédia no Haiti

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